Sei que estou em falta contigo

9 de Fevereiro de 2022

Olá!

Sei que já não te escrevo aqui há algum tempo, que não te dei as boas-vindas a este novo ano, não nos falámos em Janeiro e tenho sido um pouco displicente contigo – imagina, nem te perguntei:

– Como estás? (espero que bem e com muita saúde)

– Quais são os teus planos para este ano? (sabes que as listas te ajudam a manteres-te no caminho certo)

– Já organizaste a tua agenda? (família, trabalho, prioridades e coisas que tens de deixar ir)

– Definiste os teus objectivos? (mensuráveis, rastreáveis e possíveis)

– Traçaste um plano para os atingires? (com data, etapas, ferramentas e afins)

Eu sei, e peço desculpas.

Mas, se me segues nas redes sociais (Facebook, Instagram, LinkedIn) já deves saber que não te tenho escrito porque me «entretive» a escrever (e que aventura) um livro – ainda nem estou em mim.

Ontem, dia 8 de Fevereiro de 2022, fiz o seu lançamento – não tive lá todas as pessoas que gostaria de ter nem todas as pessoas que gostariam de ter ido (contingências da pandemia), mas foi um acontecimento importante e único para mim.

Para escrever este livro tive de traçar um plano:

– Pensar numa sinopse (naquela altura era mais um pitch à editora);

– Elaborar um índice (porque, às tantas, há tanta coisa para dizer, mas se calhar só ocupo 5 páginas…);

– Escolher um método (eu nunca escrevi um livro… é só fazer como faço no blogue…);

– Estruturar as etapas (o que é que quero MESMO dizer, que dúvidas são mais frequentes, como é que te poderia ajudar sem te conhecer e como é que conseguiria utilizar a minha experiência no trabalho com os coachees para beneficiar muito mais pessoas);

– Definir datas (data final de entrega, datas para cada capítulo, datas para me dedicar a escrever);

– Falar com as pessoas maravilhosas que me ajudaram nesta jornada e estabelecer prazos com elas.

Isto dá muito trabalho! Não tinha ideia (mas também nunca pensei ter uma voz importante para escrever um livro – porque eu acho que tens de ter algo para dizer se vais pôr no papel e nas livrarias alguma coisa. Imaginas a responsabilidade? Eu continuo a achar que não tenho essa voz, mas decidi aceitar o desafio que uma amiga me fez e acho que não está nada mal… Depois, diz-me o que achas).

Ao longo do caminho, fui assolada por dúvidas – os sabotadores de que já falei aqui no blogue:

– Será que não dei o passo maior do que a perna? Eu não sou assim tão «importante», tão experiente, tão conhecida, tão, tão, tão.

– Será que tenho assim tanto para dizer? Eu falo muito quando é para falar, vocês sabem, mas a escrever sai-me tudo numa frase. E agora?

– Será que as pessoas precisam mesmo de um livro sobre estes temas? Há outras coisas no mercado, se bem que em Portugal não há nenhuma relativa ao coaching vocacional, né? Sim, faz falta, mas se calhar era melhor vir de um grande nome – conheço tantos, tanta gente fantástica que admiro, esses é que deveriam fazer isto. Eu sou só a Vanda.

– Como é que torno isto interessante de ler sem deixar de ser eu? Sou muito mais oral do que escrita; no que é que me fui meter… (modo Macaulay Culkin em Sozinho em Casa)

– Vá! Tu consegues. Na pior das hipóteses falas para um gravador e depois transcreves… Vou andar às voltas (estou a andar às voltas), repetir-me… Isto não é um livro… Mas não posso desistir, não vou falhar este compromisso nem desapontar as pessoas que confiaram em mim – eu incluída, porque fiquei empolgada com o projecto, embora receosa, e aceitei e achei que seria interessante e tenho um plano! Vamos lá!

– Acabei o «livro»… Estou nervosa. E se dizem que está mau? E se isto não for «um livro»… Já envolvi tantas pessoas que admiro… Não quero, não posso, não vou panicar agora – está bem, só um pouquinho, mas depois envias à editora.

– Enviei!

O Coaching Não Faz Milagres. Tu É que Fazes! é o meu bebé.

Estou tão orgulhosa de ter podido contar com a colaboração da minha querida Aida Chamiça, que nos deixa uma fantástica mensagem, do meu grande colega e amigo João Laborinho Lúcio, que prefacia o livro com elegância e carinho por esta actividade, do meu querido Hugo Raposo, cujo posfácio nos faz pôr os pés no chão, e do sempre disponível Rui Nascimento Alves, que me brindou com a sua simpática apreciação.

É preciso uma aldeia para fazer crescer um livro e a minha não podia estar mais bem povoada.

A aventura continua, agora já em papel e tinta, mas não é por isso que o trabalho acabou – nem as dúvidas, nem os receios, nem os planos ou os objectivos.

A aventura continua, agora contigo e com todos aqueles que me derem o privilégio de me ler (ainda com um friozinho no estômago para saber o que achaste, mas cheia de vontade de dar mais um passo em frente).

Espero que por esta altura já tenhas perdoado a minha ausência.

Tentarei não ficar tanto tempo sem falar contigo, mas se ficar, já sabes, estou aqui para te ajudar.

 

(este artigo foi escrito ao abrigo do antigo acordo ortográfico)

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